portuário

Presidente da Comissão da OAB-ES publica artigo na revista do TST



A advocacia capixaba mais uma vez ganha destaque em nível nacional. A presidente da Comissão de Direito Marítimo e Portuário da OAB-ES, Flávia Fardim, que também integra a Comissão Nacional da área, teve um artigo publicado na prestigiada revista do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em coautoria com o ministro Breno Medeiros.

O artigo aborda “as relações de poder e os desafios da mulher portuária no mercado de trabalho”, trazendo à tona as dificuldades enfrentadas por mulheres em um setor historicamente dominado por homens. A publicação discute o cenário nos portos brasileiros e analisa como a tecnologia é uma ferramenta estratégica para promover maior inclusão e igualdade de oportunidades.

VEJA A REVISTA COM A PUBLICAÇÃO DO ARTIGO

Segundo Flávia Fardim, o tema nasceu de uma inquietação pessoal e profissional. “Como advogada atuante na área portuária, sempre percebi a dificuldade de inserção da mulher nesse ambiente. No artigo, buscamos desconstruir essa realidade e mostrar que a tecnologia é uma grande aliada nesse processo. Muitos enxergam a tecnologia como uma ameaça aos postos de trabalho, mas nós apresentamos outra perspectiva, mostrando que ela pode abrir caminhos, especialmente para as mulheres. É uma via sem volta e, se bem utilizada, pode ser uma oportunidade concreta de avanço na equidade de gênero no setor portuário.”

Artigo

O artigo descreve que a resistência das mulheres, embora presente, ainda encontra obstáculos significativos. A persistência de estereótipos de gênero, a falta de políticas públicas eficazes e a cultura organizacional tradicionalmente centrada na perspectiva masculina são alguns dos desafios a serem superados.

No texto escrito em conjunto, Flávia e o ministro Breno afirmam que as mulheres no Brasil têm se tornado cada vez mais ativas e presentes tanto na política quanto no mercado de trabalho. No entanto, elas ainda enfrentam muitos desafios por viverem em uma sociedade que continua marcada por desigualdades. Quando olhamos para os dados do IBGE, percebemos que, mesmo com o aumento da presença feminina nas atividades produtivas, as mulheres ainda ocupam posições inferiores em comparação aos homens, seja em salários, cargos ou oportunidades.

Nos portos, essa desigualdade é ainda mais evidente. Existe um pensamento coletivo, muitas vezes velado, que tenta limitar o espaço das mulheres nesse setor. Esses discursos não apenas dificultam a entrada das mulheres nesse ambiente tradicionalmente masculino, mas também reforçam ideias ultrapassadas sobre o que seria "papel de mulher". Nesse contexto, a mulher que trabalha nos portos se transforma em um verdadeiro símbolo de resistência, pois enfrenta um sistema que, historicamente, não reconhece todo o seu potencial e impõe obstáculos ao seu crescimento.
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