Artigo: Os custos da saúde no brasil com foco nos planos de saúde



Por Lorena Gáudio 

O governo Bolsonaro rompe os dezesseis anos de um governo de esquerda, sendo que tal fato poderá mudar o papel das operadoras dos Planos de Saúde, porque agora somos um País de Direita.

Surgem as pungentes questões, agora que o pensamento do novo Governo tem outro foco, bem mais voltado, principalmente, para a saúde:

a) Os exames de alto nível mudam o custo do sistema da saúde?
b) São tais exames sempre necessários?
c) O que mudou nas últimas duas décadas no serviço de saúde no Brasil?
d) A meta de uma operadora de saúde é o serviço de saúde que os ricos podem pagar?
e) O que deveria ser feito para que pudessem continuar existindo as operadoras dos planos de saúde, em condições acessíveis à população e não somente aos ricos?

Nesse passo é preciso debater as relações das pessoas físicas e jurídicas envolvidas na prestação dos serviços de saúde, em especial: médicos, hospitais, laboratórios, empresas farmacêuticas e fornecedoras de órteses e próteses. O funcionamento dos congressos, seminários e diversos cursos. É preciso transparência e debate com a população e seus representantes.

Outrossim, é preciso debater qual a real necessidade dos exames de alto custo, quando são necessários ou não.

Como parâmetro de comparação, podemos dizer que a média de ressonância magnética realizada no Brasil no ano de 2015 foi de 147 exames para cada 1000 habitantes, enquanto em outros países esta média foi de 67 exames.
Até mesmo o excesso de consultas que o brasileiro realiza , na rede pública e em utilização dos chamados planos de saúde.

O que mudou nas últimas duas décadas foi o surgimento de mais planos de saúde, cada um objetivando muito mais o lucro crescente do que ter ganho sim, mas, olhar a saúde não como uma mercadorias, e sim como um bem imaterial indispensável à vida de qualquer cidadão.

Há necessidade de avaliar com seriedade medidas que promovam competição entre as OPS. Uma delas seria a revogação do art. 14 da RN 195 – ANS, que impõe a presença de intermediário para objeto fim, impondo amarra à livre atuação das OPS, além de criar uma reserva de mercado para intermediação de planos de saúde, com entraves e prejuízos aos usuários, conforme noticiou o O Globo do dia 17 de janeiro último.

Só para se avaliar a dimensão do ganho destes intermediários chamados administradores, o faturamento alcançado no ano de 2017 foi de R$ 1,6 BILHÃO.
Enfim, é preciso democratizar a discussão sobre a saúde privada e pública, e ainda sobre o papel dos poderes constituídos nessa relação.
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